
CORRIDA ENDURANCE 281KM
17 a 21 JULHO 2024
Beira Baixa – Portugal

CORRIDA ENDURANCE 281KM
17 a 21 JULHO 2024
Beira Baixa
Portugal

“Se algum dia quiseres falar com Deus, esta é a corrida…”
Vitor Rodrigues.
É uma corrida onde as temperaturas sobem para além dos 40º. O calor é sufocante e muitos dos participantes classificam-na como a mais difícil que já fizeram.
São condições obrigatórias para seres feliz, e um dos finalistas desta corrida, ter uma real capacidade de autonomia, ser autossuficiente e saber navegar em todo o percurso através de um equipamento GPS.
Com a PT281 Ultramarathon atravessamos toda uma região do interior de Portugal: a Beira Baixa. Uma região com um clima moderado na maior parte do ano, mas que em Julho, especialmente, se carateriza por um calor intenso e tórrido.
281 km
66 horas
6500 D+
GPS
Autosuficiência
Belmonte > Proença-a-Nova
Galeria
Mapa e Altimetria
O que dizem os atletas…
A PT281 é “aquela prova”. O espírito do ultramaratonismo é um bocado a essência desta prova. A autossuficência para além da comida, da bebida é acima de tudo a capacidade de estar sozinho, completamente isolado do mundo. Passamos horas isolados, numa Beira Baixa despovoada, algures entre espanha e o outro Portugal, e na qual encontramos tudo aquilo que é possível encontrar no ultramaratonismo.
E depois, no meio desta viagem toda, aparecem exemplos de vida que vamos apanhando e lendo, copiando naquilo que podemos, que são alguns veteranos da corrida, e principalmente os veteranos da conquista, aqueles que se conquistaram com o ultramaratonismo. E tem piada que estas pessoas vêm para a PT281 como se viessem para um retiro espiritual, tentar perceber se ainda têm a capacidade de estar tão sozinhos, tão dependentes de si próprios, mas ao mesmo tempo sabendo que, quando menos esperam, encontram uma mão amiga. É isso que continua a trazer-nos cá, a mim e a muitos dos que aqui estão.
Cada ano é diferente, desde a 1ª edição até esta, a 8ª edição. A prova é ligeiramente diferente, mas também as sensações que trazemos e as pessoas com quem partilhamos a experiência estão a passar por coisas diferentes! Estar com estas pessoas e partilhar esta aventura com, elas faz-nos crescer juntos. Sei que todos saímos daqui pessoas diferentes. No domingo já não somos as mesmas pessoas que éramos na 5ª feira, quando partimos. Adoro isto na PT281, é o que me faz voltar sempre.
Vim aqui para me desafiar, não para competir. Queria fazer algo diferente do habitual, como enfrentar o calor extremo, por exemplo. Gosto de me desafiar a enfrentar as piores condições possíveis, é o que me motiva. Quanto mais duro for, melhor é para mim.
Os momentos mais complicados passeio-os na segunda e terceira noites, porque não consigo gerir bem a privação de sono e foram noites muito longas. Acabei por dormir em qualquer lado, tive alucinações, vi muitas coisas, muitas pessoas, gigantes, monstros. Uma espécie de sonho onde me vi a dizer olá a pessoas e a coisas que não existiam, foi de loucos!
Superou todas as minhas expectativas!
(Nuno) Os nossos limites estão na nossa cabeça e viemos aqui provar que é possível quebrá-los. (Serginho) Nada é fácil, na vida nada é fácil, as pessoas é que se impõem a si mesma certos limites. A PT281 só prova que pessoas, com ou sem limitações físicas, podem conquistar estes desafios. Que oportunidade maravilhosa que o Paulo e a Sandra nos deram de fazer a diferença!
Para mim é complicado falar sobre a PT. Uns podem querer vir correr contra alguém, mas para mim não é essa a abordagem. O desafio é comigo! Depois de ter feito tantas edições, o objetivo é sempre tentar encontrar o melhor de mim na prova.
São tantas horas, tanto tempo sozinhos, que acho que saímos daqui diferentes, independentemente do resultado.
Corri esta prova 7 vezes e fui Finisher 6 vezes. O que faz desta competição algo grande é o território onde decorre, a Beira Baixa. As suas gentes, as suas paisagens e sobretudo a grande qualidade dos corredores que aqui encontramos. Tive a sorte de correr com eles e de fazer grandes amigos, quer entre os atletas, quer com a organização.
Na passagem pelo “Vale da Morte” cheguei a ver e ouvir coisas que não existiam, não perdi a noção de mim mesmo porque sabia que era algo que podia acontecer. No fundo foi seguir em frente até chegar ao último posto de abastecimento, onde tive a verdadeira noção que podia vencer e quebrar o record da prova”. É uma daquelas provas onde devem vir se realmente se querem desafiar!